Creio que uma
das experiências mais marcantes na vida de uma dançarina é seu primeiro solo, e
fico muito feliz de poder contar sobre essa experiência aqui no blog. Adoro a
sensação de mostrar a minha arte para o público, mas ao mesmo tempo sou
extremamente tímida e subir no palco acaba sendo um desafio para mim. Há tempos
minha professora de dança do ventre tenta me convencer a participar de
festivais, mas foi só após estudar tribal fusion que me senti à vontade para
isso e decidi que faria meu primeiro solo no Festival Racks Sharki III, ocorrido
em maio desse ano. É difícil descrever o que senti nesse dia
sexta-feira, 19 de julho de 2013
terça-feira, 16 de julho de 2013
Entrevista com Raphael Lopes
Raphael Lopes
São Paulo - Brasil
São Paulo - Brasil
Raphael Lopes é professor, palestrante e bailarino de Odissi. Também é Massoterapeuta formado no Senac em 2004.Nascido no dia 23 de agosto, este peculiar virginiano define-se assim em seu perfil de uma rede social:
"...Sou alguém vivendo a vida de forma caoticamente rotineira...
Tenho meus amigos, meus desejos, e minhas excentricidades e elas falam por mim, e me definem melhor do que qualquer racionalização virtual.
Amo arte, danço dança clássica indiana, e sou um leitor inveterado.
Admiro o pensamento elevado, o carater forjado, e a grandeza da alma. Em qualquer credo - máscara, porque posso ver através delas.
Prezo a gentileza, a um bom cerimonialismo mesmo num café da tarde, a frases e argumentos sedutores e bem formulados, e não consigo viver sem uma dose de humor refinado.
Sou simpático e anti-social, preciso do silêncio e do conforto da minha casa.
Ah, dizem que sou bom conselheiro, e sei ouvir atentamente.
Sou alguém apaixonado por tudo aquilo que faço, e aliás, não faço nada que não me apaixone..."
Entrevista feita para o blog Dançarinos de São Vicente.
Dançarinos de SV: Quando surgiu a dança na sua vida, como foi e há quanto tempo faz?
Raphael: Chega a ser clichê mas é impossível não dizer o que todos os dançarinos dizem: a dança surgiu desde sempre em minha vida! Sempre gostei muito de me apresentar nas festas escolares, e desde criança gostava de montar coreografias próprias paras as músicas que ouvia. Quando vim de São Paulo com quinze anos para São Vicente comecei a fazer as oficinas culturais da Prefeitura de SV (em 2000), em partes porque certamente seria um ambiente para fazer amigos já que tinha acabado de chegar de outra cidade, mas principalmente porque ansiava participar de algum grupo em atividade.
Dançarinos de SV: Você conheceu a Dança Clássica Indiana através de quem?
Raphael: Uma amiga minha de Santa Catarina (dançarina de Raks el Shark) havia visto uma performance de Bharata Natyam (estilo clássico do Sul da Índia) com a famosa esposa do físico indiano Amit Goswami, a psicóloga Uma Krishnamurti. Ela, sempre tão crítica, me descreveu
sexta-feira, 12 de julho de 2013
História do Tribal - parte 1
História
do Tribal – Parte 1
Tema: Jamila Salimpour , Bal Anat e Masha Archer
Tema: Jamila Salimpour , Bal Anat e Masha Archer
Nosso primeiro estudo será sobre Jamila Salimpour e seu grupo Bal Anat, sobre
Masha Archer e sua importante influência para o Tribal.
Reconhecida como a bailarina que originou o que hoje conhecemos como Tribal, Jamila Salimpour despertou seu interesse pela dança oriental através de seu pai que em 1910 encontrava-se em uma base militar siciliana e através de sua senhoria egípcia. Começou a dar aulas no inicio anos 50 com muita dificuldade, uma vez que não havia aprendido formalmente as técnicas devido a falta de professores, escolas ou métodos para se basear na época. Foi em 1960 que Jamila pode aperfeiçoar suas técnicas ao se apresentar no “Cabaret Baghdad” na Broadway onde encontrou diferentes dançarinos do oriente médio e pode finalmente catalogar e criar um vocabulário de dança. No mesmo ano muitos dançarinos foram importados do oriente para trabalhar em casas árabes que estavam em alta na época, Jamila então pode assistir shows e aprender ainda mais com nativos do oriente enriquecendo suas aulas e coreografias. Jamila desenvolveu um método de repartição verbal e terminologia para os movimentos que ainda hoje são usados por dançarinos em todo mundo como “Maya” e “Básico Egípicio”. Em 1968 Jamila precisou
Reconhecida como a bailarina que originou o que hoje conhecemos como Tribal, Jamila Salimpour despertou seu interesse pela dança oriental através de seu pai que em 1910 encontrava-se em uma base militar siciliana e através de sua senhoria egípcia. Começou a dar aulas no inicio anos 50 com muita dificuldade, uma vez que não havia aprendido formalmente as técnicas devido a falta de professores, escolas ou métodos para se basear na época. Foi em 1960 que Jamila pode aperfeiçoar suas técnicas ao se apresentar no “Cabaret Baghdad” na Broadway onde encontrou diferentes dançarinos do oriente médio e pode finalmente catalogar e criar um vocabulário de dança. No mesmo ano muitos dançarinos foram importados do oriente para trabalhar em casas árabes que estavam em alta na época, Jamila então pode assistir shows e aprender ainda mais com nativos do oriente enriquecendo suas aulas e coreografias. Jamila desenvolveu um método de repartição verbal e terminologia para os movimentos que ainda hoje são usados por dançarinos em todo mundo como “Maya” e “Básico Egípicio”. Em 1968 Jamila precisou
quinta-feira, 11 de julho de 2013
Tribal ou Dança do Ventre?
Tribal ou Dança do Ventre?
É muito difícil e muita responsabilidade expressar sua opinião por algo que vc ama muito, principalmente quando envolve a cultura e tradição de um povo tão diferente de nós; e, quando faltam as palavras corretas... Afinal, o que é a dança senão a expressão do corpo quando as palavras já não
conseguem mais explicar o sentimento?
Tenho sorte de estudar em duas escolas especiais que prezam o respeito pela arte, o "ser bailarina", e ensinam a teoria por trás da técnica. Com autorização da Rebeca, cito o nome das escolas onde estudo: Hob Salam Yoga e Danças Orientas e Escola Campo das Tribos.
Eu sou Elis Borges, aluna de Tribal Fusion e ATS® da linda profa Rebeca Piñeiro.
conseguem mais explicar o sentimento?
Tenho sorte de estudar em duas escolas especiais que prezam o respeito pela arte, o "ser bailarina", e ensinam a teoria por trás da técnica. Com autorização da Rebeca, cito o nome das escolas onde estudo: Hob Salam Yoga e Danças Orientas e Escola Campo das Tribos.
Eu sou Elis Borges, aluna de Tribal Fusion e ATS® da linda profa Rebeca Piñeiro.
Iniciei meus estudos na dança do ventre já há alguns anos, mas como uma curiosa de primeira mão que sou, não demorou para o Tribal Fusion cruzar o meu caminho. É claro que me apaixonei pelo estilo e características dele no mesmo momento. Foi amor à primeira vista (rs).
Hoje, divido meu coração entre as modalidades que estudo:
Sonia Ochoa no Brasil!
FESTIVAL TRIBAL SKIN COM SONIA OCHOA!
IMPERDÍVEL:
- Workshop para apenas 20 estudantes com Sonia Ochoa em São Paulo na Escola Campo das Tribos.
- TribalSkin Show com participação de Sonia Ochoa, Michelli Nahid, Adriana Bele Fusco, Gabriela Miranda, Rebeca Piñeiro, Marcelo Justino, Karina Leiro, Mariana Quadros, Yoli Mendez entre outros conceituados profissionais da Dança do Ventre e Tribal.
- Aulas Particulares com Sonia Ochoa dois dias após o evento na Escola Campo das Tribos (agende com antecedência!).
Informações através do e-mail: tribal.skin.atelie@gmail.com
Apoio: Escola Campo das Tribos
Documentário: Tecidos indianos
Este documentário é muito interessante. Ele nos faz valorizar ainda mais a cultura indiana e suas obras de arte feitas em tecidos.
No Tribal os tecidos indianos são muito utilizados. Vale a pena saber um pouco mais sobre como eles são feitos.
Hidden Treasures of Indian Art - BBC Documentary
Documentário: The Romani Trail
Um documentário super legal sobre Ciganos : The Romani Trail.
Indicação da nossa aluna de Tribal Fusion e ATS®, Elis Borges.
sexta-feira, 5 de julho de 2013
O exemplo é a melhor educação!
O exemplo é a melhor educação!
Por Rebeca Piñeiro
Educar é algo muito mágico e ao mesmo tempo complexo. É preciso saber a importância e responsabilidade que temos como professores na vida dos alunos.Por Rebeca Piñeiro
Pude perceber com as minhas experiências de vida, que apenas aprendi coisas que foram baseadas em bons exemplos.
Nós, professores de dança, somos responsáveis pela educação artística de nossos alunos.
quinta-feira, 4 de julho de 2013
Kristine Adams no Brasil!
É isso mesmo! A Escola Campo das Tribos trará em agosto/setembro de 2013 a dançarina norte americana Kristine Adams, integrante Fat Chance Belly Dance, grupo de Carolena Nericcio, criadora do estilo ATS® -American Tribal Style®!
Você terá a oportunidade de estudar 12 horas com Kristine Adams e assistir ao Show Noite das Tribos especial ATS®!
Kristine Adams está viajando pelo mundo para documentar o ATS® em cada país por onde passa e nós faremos parte desse projeto!
Para saber mais: www.fromthebellyofatraveler.com
PROGRAMAÇÃO:
-> Dia 31/08/2013 das 9hs às 15hs (nível básico/iniciante)
-> Dia 01/09/2013 das 9hs às 15hs (nível intermediário/avançado)
COM CERTIFICADO!
-> Dia 01/09/2013 - Show Noite das Tribos especial ATS®
Ingresso: R$ 25,00 (alunos matriculados nos workshops ganham 1 ingresso)
*Ingressos apenas antecipados. Adquira o seu pelo e-mail: eventos@campodastribos.com
Investimento:
quarta-feira, 3 de julho de 2013
O que é ATS® e ITS?
O que é ATS® e ITS?
Por Rebeca Piñeiro
Matéria exclusiva para Revista Shimmie Ampliando Conceitos
Por Rebeca Piñeiro
Matéria exclusiva para Revista Shimmie Ampliando Conceitos
Você já deve ter ouvido falar sobre um estilo de Tribal chamado ATS®. Mas, o que é ATS® afinal? A intenção deste artigo é esclarecer um pouco mais sobre o estilo e também a sua principal variação, o ITS (Improvisational Tribal Style).
O estilo American Tribal Style® mais conhecido como ATS® foi
desenvolvido por Carolena Nericcio em São Francisco (CA), em meados dos anos
80. É um estilo de improvisação coordenada em grupo, onde a líder utiliza
sinais corporais para se comunicar com as outras dançarinas e juntas,
improvisam com base em um repertório de passos comum a todas. No ATS® não
existe solo, sua principal regra é improvisar em grupo.
Carolena Nericcio foi aluna por muitos anos de Masha Archer, que por sua vez foi aluna de Jamila Salimpour. Sabe-se hoje, que esse “trio” foi o responsável pelo começo do “movimento Tribal” que atualmente conhecemos.
O estilo ATS® começou a ser desenvolvido após o término do grupo San Francisco Classic Troupe que Carolena Nericcio integrava dirigido por Masha Archer. Carolena quis dar continuidade a sua dança e passou a ministrar aulas, agregando novos conceitos e movimentos
Carolena Nericcio foi aluna por muitos anos de Masha Archer, que por sua vez foi aluna de Jamila Salimpour. Sabe-se hoje, que esse “trio” foi o responsável pelo começo do “movimento Tribal” que atualmente conhecemos.
O estilo ATS® começou a ser desenvolvido após o término do grupo San Francisco Classic Troupe que Carolena Nericcio integrava dirigido por Masha Archer. Carolena quis dar continuidade a sua dança e passou a ministrar aulas, agregando novos conceitos e movimentos
Respeito às origens
Respeito às origens
Por Rebeca Piñeiro
Tribal Fusion é uma ramificação do ATS®, isso todos sabemos ou deveríamos. Me pergunto se o estudo do ATS® como base para o Tribal Fusion se torna uma regra ou se isso é origem apenas. Por que para mim, algo que é origem simplesmente É e algo que é regra pode não ser uma origem por que não está necessariamente na "genética".
O ATS® está em todas as células do Tribal Fusion, logo, não é apenas uma regra.
Uma regra é algo imposto, uma origem é algo que simplesmente É.
Por exemplo: meu pai é espanhol, nasceu e viveu na Espanha até o fim da adolescência. Eu, sua filha nascida no Brasil, herdei de meu pai sua cultura, sua comida, seu gênio, sua músicas... tudo isso faz parte da minha vida de uma forma muito natural, mas não foi uma regra, algo forçado ou imposto. Simplesmente É por que meu pai, minha base, minha raiz, minha origem É e isso me foi passado naturalmente.
Como e PORQUE negar que meu pai é da Espanha? Como e por que negar minhas origens? Como e porque não me deixar influenciar?
Uma pergunta:
Como e PORQUE negar que o Tribal Fusion é filho do ATS®?
Aula da Zoe Jakes: totalmente ATS® em seu vocabulário. Ela usa T-Step, barrel turn, floreo e um monte de elementos do ATS!
Aula da Lady Fred: totalmente baseada no ATS®!
Aula da Kami Liddle: ATS® em sua base.
Mardi Love: ATS® em sua base.
Estudei com muitas outras dançarinas internacionais, pioneiras no estilo Tribal Fusion e até agora todas usaram o ATS® como base.
APENAS O BRASIL NEGA ISSO!
Entrevista com Carolena Nericcio
Carolena Nericcio
Criadora do estilo ATS® - American Tribal Style e diretora do grupo FCBD® (FatChanceBellyDance)
Criadora do estilo ATS® - American Tribal Style e diretora do grupo FCBD® (FatChanceBellyDance)
Entrevistadora: Rebeca Piñeiro
Tradução : Aline Muhana
Entrevista feita para Revista Shimmie Ampliando Conceitos
1) RP: Carolena, quais foram suas inspirações para estruturar o ATS®?
CN: Eu descreveria da seguinte forma: Quando comecei a dar aulas de dança do ventre era apenas isso, aulas de dança do ventre. Eu usava o formato que aprendi de minha professora Masha Archer que eu conhecia apenas como dança do ventre. Ela é uma artista muito talentosa e a forma como ela utilizava o figurino e a estética geral do seu estilo era muito especifica e eu achava que dança do ventre era isso.
Então quando comecei a dar aulas eu não tinha experiência com outros estilos e foi muito natural seguir o formato que ela me ensinou então quando as pessoas começaram a mencionar outros estilos de dança do ventre eu não sabia do que elas estavam falando e também não me importava muito. Me interessei bastante depois mas não naquele primeiro momento. E eu vivia nessa “bolha” de conhecimento passado por mim por Masha, porque eu achava que o estilo dela era a coisa mais incrível do mundo e era assim que eu gostava de ver as coisas. Mas as pessoas continuavam a trazer mais perguntas à respeito de outros movimentos, outras culturas de outros países e outras formas de dança e aquilo me forçou a sair daquela “bolha” e conhecer outras coisas. E o que eu comecei a perceber foi que em termos de estrutura, o que nos tentávamos fazer era um estilo de improvisação coordenada em que duas, três ou quatro dançarinas se apresentavam juntas e o real propósito disso.
CN: Eu descreveria da seguinte forma: Quando comecei a dar aulas de dança do ventre era apenas isso, aulas de dança do ventre. Eu usava o formato que aprendi de minha professora Masha Archer que eu conhecia apenas como dança do ventre. Ela é uma artista muito talentosa e a forma como ela utilizava o figurino e a estética geral do seu estilo era muito especifica e eu achava que dança do ventre era isso.
Então quando comecei a dar aulas eu não tinha experiência com outros estilos e foi muito natural seguir o formato que ela me ensinou então quando as pessoas começaram a mencionar outros estilos de dança do ventre eu não sabia do que elas estavam falando e também não me importava muito. Me interessei bastante depois mas não naquele primeiro momento. E eu vivia nessa “bolha” de conhecimento passado por mim por Masha, porque eu achava que o estilo dela era a coisa mais incrível do mundo e era assim que eu gostava de ver as coisas. Mas as pessoas continuavam a trazer mais perguntas à respeito de outros movimentos, outras culturas de outros países e outras formas de dança e aquilo me forçou a sair daquela “bolha” e conhecer outras coisas. E o que eu comecei a perceber foi que em termos de estrutura, o que nos tentávamos fazer era um estilo de improvisação coordenada em que duas, três ou quatro dançarinas se apresentavam juntas e o real propósito disso.
Entrevista com Frèderique - The Lady Fred
Frèderique - The Lady Fred
Entrevista por Rebeca PiñeiroTradução de Gabriela Miranda
Entrevista feita para Revista Shimmie Ampliando Conceitos
Nascida em Beirute (Libano) e residente na Califórnia (EUA), Fréderique (Lady Fred) é uma bailarina internacional de dança do ventre "avant-garde teatral". É artista, performer, instrutora, pioneira e criadora do "Silent Sirens Theatre" e do "Black Heart Ballads".
Site: http://theladyfred.com/
1. Como define seu estilo de dança? Fale um pouco sobre ele.
Essa sempre foi uma pergunta difícil de responder... E que eu espero nunca poder realmente definir. Meu estilo de dança é um pouco eclético e é por isso que escolhi "avant-garde ", um termo francês definido como: " Advance Guard "," usado em inglês como um substantivo ou adjetivo para se referir a pessoas ou obras que são experimentais ou inovadoras, particularmente no que diz respeito à arte, cultura e política.
Isso me deixa com muito espaço para ser criativa. Junto com isso, eu uso o "teatro" na minha descrição de estilo porque é algo que eu descobri na dança em torno de 2005 e vem muito natural para mim. Eu sou uma pessoa muito expressiva e as palavras têm uma limitação para mim que os movimentos não tem.
2. Conte um pouco sobre sua caminhada na dança, como esta arte começou em sua vida?
Eu tenho sido uma dançarina toda a minha vida, eu digo isso de uma maneira não convencional. Eu passaria horas dançando no meu quarto sozinha quando eu era criança; dança sempre foi uma parte
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