quinta-feira, 11 de julho de 2013

Tribal ou Dança do Ventre?

Tribal ou Dança do Ventre? 

É muito difícil e muita responsabilidade expressar sua opinião por algo que vc ama muito, principalmente quando envolve a cultura e tradição de um povo tão diferente de nós; e, quando faltam as palavras corretas... Afinal, o que é a dança senão a expressão do corpo quando as palavras já não
conseguem mais explicar o sentimento?
Tenho sorte de estudar em duas escolas especiais que prezam o respeito pela arte, o "ser bailarina", e ensinam a teoria por trás da técnica. Com autorização da Rebeca, cito o nome das escolas onde estudo: Hob Salam Yoga e Danças Orientas e Escola Campo das Tribos.
Eu sou Elis Borges, aluna de Tribal Fusion e ATS® da linda profa Rebeca Piñeiro.

Iniciei meus estudos na dança do ventre já há alguns anos, mas como uma curiosa de primeira mão que sou, não demorou para o Tribal Fusion cruzar o meu caminho. É claro que me apaixonei pelo estilo e características dele no mesmo momento. Foi amor à primeira vista (rs).
Hoje, divido meu coração entre as modalidades que estudo:
Dança do Ventre, Danças Folclóricas Árabes, minha paixão ATS® e Tribal Fusion.
Dificuldades nas diferentes modalidades de dança? Tenho em todas. "Aliás, na Vida, tudo é difícil. Só não podemos desistir". Mas, o Tribal é bem mais difícil do que eu poderia imaginar. A postura, a expressividade, as combinações de movimentos, o tônus muscular, enfim, é uma série de fatores que tornam a dança particularmente desafiante.
Porém, o mais difícil de tudo, é desligar o "botão tribal" em aula de dança do ventre ou vice versa. Tenho uma leve tendência a misturar tudo (rs)...

Dança do ventre ou Tribal são modalidades envolventes. A primeira é muito misteriosa ao meu ver, pois devido à sua idade, não temos fatos que comprovam realmente a veracidade das informações que temos sobre sua origem e/ou sua evolução. Tudo é apenas especulação! O Tribal por sua vez, é um bebezinho, e temos o prazer de acompanhar sua evolução de perto e o privilégio de ter sua história contada pelas próprias criadoras do estilo. O melhor ainda, é podermos fazer parte desta evolução. Tenho certeza que o Tribal também será uma "dança velha" algum dia.

Algo que é chocante para mim e muito me desagrada, é o preconceito do pessoal da Dança do Ventre em relação ao Tribal, visto que o Tribal respeita muito mais a sua herança oriental que a própria Dança do Ventre. Generalizando um pouco, pois é claro que existem exceções, é comum e triste, assistir bailarinas por ai, famosas inclusive, que além de desrespeitar a si próprias, vulgarizam a Dança do Ventre. Coisa que é muito difícil de se ver no meio tribal, pelo menos com frequência. Por isso, é tão comum ver certo desrespeito das pessoas quando falamos que  somos bailarinas de dança do ventre.

Afinal, que ser bailarina nunca ouviu uma piadinha de mau gosto de alguém???

Com o estudo do Tribal aprendi que tenho liberdade para ser como eu quiser, pois apesar de eu amar muito, tenho plena consciência que a Dança
do Ventre ainda é muito estereotipada: vc tem que ter um corpo perfeito, um determinado tipo de cabelo, glamour e muito brilho.
O fascinante no Tribal é que não importa o meu cabelo, o meu corpo, minha estatura, meu estilo. O que importa de verdade é o sentimento de tribo, de expressar a arte com o que eu posso e tenho a oferecer.
Me sinto realizada em dançar. Minha sede de aprender aumenta a cada dia e tenho um puta respeito pela cultura que originou a dança que somos envolvidas... A dança deixa tudo mais leve e feliz!


2 comentários:

  1. DEPOIMENTO
    Lá pelos idos de 1999, quando fundamos o ESPAÇO CULTURAL FALLAI (primeira escola de dança do Ventre em Vinhedo) nunca poderia imaginar que tanto tempo depois iria me encantar com pessoas tão interessantes no caminho da dança.
    Hoje o Fallahi Belly Dance tem orgulho de ser a primeira desde 2012 a oficializar a primeira escola de Fusion e Tribal em Vinhedo.
    Porque trabalhar com mais danças?
    Sempre admirei o trabalho da Lulu da época que era “Sabongi”, milhas filhas tiveram muito aprendizado com essa pessoa fantástica, mas porque não complementar mais essa história?
    Rachel Brice influenciou? Sim. Mas não mais que Carolene Neríccio. Mas o Brasil viveu uma época de cópias fajutas e nós da escola nos afastamos disso. A palavra certa ‘MEDO’.
    Mas aí veio Luy Romero (o my god) de onde vem essa pessoa... “Escola Campo das Tribos”... quem são? Kilma Farias (amor a primeira vista), que trabalho magnífico. Decidimos.
    “queremos aprender tudo... do jeito que eles apresentam...” Lá vai... Fusion, Tribal Brasil e porque não ATS e aí surge em nossas vidas... quem quem quem Rebeca Piñero.
    Agora estudar, pesquisar, treinar, e saber separar tudo, ritmos, fusões para não haver confusões, lembrar minhas aulas de dança indiana e agradecer a Deus pois no meu caminho existem pessoas de talento e eu vou aprender muito com elas e se Deus permitir... ensinar bastante.
    Beth Fallahi

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  2. Lindo depoimento meninas!!
    Dançar é vida e que a gente possa aproveitar e aperfeiçoar cada ves mais nossos estilo!
    Amo dançar com todas!

    Bjs

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