sexta-feira, 22 de novembro de 2013

História do Tribal - parte 3

História do Tribal – Parte 3
Tema: Tribal Fusion
Matéria exclusiva para Revista Shimmie Ampliando Conceitos 
Por Rebeca Piñeiro


O ATS® começou a ficar muito popular pela cidade de São Francisco e passou a ter muitas seguidoras, entre elas estava Jill Parker, que estudou com Carolena Nericcio por muitos anos e integrou o grupo FCBD®, fazendo parte de seus primeiros passos até se tornar popular. Jill Parker, ao sair do FCBD® criou seu próprio grupo, o Ultra Gypsy que era baseado em improviso coordenado em grupo e aproveitava regras de formações e repertório de passos do estilo ATS®. Foi aqui que as primeiras mudanças começaram a surgir pois Jill Parker passou

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Meu Tribal Brasil


Meu Tribal Brasil 
Por Marcelo Justino

Conheci o estilo Tribal Brasil com a nossa querida Kilma Farias e a Cia. Lunay aqui mesmo, no Campo das Tribos. Foi uma experiência apaixonante.
Participei de diversas oficinas de danças populares brasileiras antes de ter a oportunidade de conhecer o trabalho de Kilma, mas, essas oficinas nunca me encantaram. Sempre achava tudo muito simplista, apenas uma grande festa, como a maioria das nossas danças populares.
        O trabalho da Cia. Lunay conseguiu finalmente me fascinar. Encontrei a fusão de movimentos que eu gostava de dançar com os ritmos brasileiros e, muitos deles difíceis e desafiadores. Me lembro como me senti quando aprendi pela primeira vez o “samba fusionado”... nossa! Me senti um completo desleixo.
Sai do workshop maravilhado e ao mesmo tempo me sentindo incapaz. Passei horas, dias treinando para conseguir executar aquele desafiador “samba fusionado” e até hoje o uso em meus trabalhos.
        Trabalhar com nossa própria cultura pra mim é

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Inspiração ou Cópia?

Inspiração ou Cópia?
Por Gabriela Miranda

Quando eu comecei a dançar Tribal, queria ser igual a Rachel Brice. Ela era a principal, talvez a única referência de Tribal Fusion mais levada a sério aqui no Brasil quando comecei, e eu queria muito ser igualzinha a ela. Antes dela, havia a Ariellah, a primeira bailarina de Fusion que vi dançar e que mudou minha vida na dança. Mas eu não me atrevia a pensar que chegaria um dia a ser expressiva como essa bailarina. Mas eu achava que poderia treinar a técnica até morrer e talvez chegar perto do dedão do pé da Rachel, se eu treinasse muito, muito, muito mesmo. Pelo menos eu tinha consciência que era preciso muito estudo e treino até para ser igual a alguém.
A medida que fui amadurecendo na dança, eu fui me lembrando de como era na Dança do Ventre... Do quanto eu quis ser a minha professora Rose, depois a Fátima Fontes, depois a Saida... E do quanto eu falhei miseravelmente nessas “missões” porque, no final das contas, era sempre EU que subia no palco e dançava com todos os meus defeitos e uma ou duas qualidades.
Quando mergulhei no Tribal de vez, eu entendi que um dos conceitos principais dessa dança era justamente explorar os aspectos da SUA PERSONALIDADE, as características que compõem quem você é, e parece que tudo finalmente fez sentido dentro de mim. Mais do que dançar para me divertir,

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Podcast com Rebeca Piñeiro


Um bate papo descontraído com Rebeca Piñeiro e o pessoal do Sala de Dança Podcast. Assuntos como história do tribal, mitos, formalização do ATS®, diferença entre ATS® e ITS foram abordados.

Para ouvir, clique na imagem abaixo.
Bom estudo!


quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Snujs

Snujs

            Os snujs são instrumentos de percussão utilizados por músicos e/ou pela bailarina durante sua dança.
            Os snujs são címbalos de metal, em número de quatro, que são tocados milenarmente por orientais. Acredita-se que tenham mais de 5.000 anos. São feitos de latão
(bronze). Em alguns países do Oriente Médio (Egito) são também conhecidos como
"Sagat" ou "Zagat". Nos Estados Unidos, chamam-se "Finger Cymbals" e na Turquia
conhecidos por "Zills" e popularmente nos outros países apenas como Címbalos.
            Holisticamente eram usados pelas sacerdotisas

terça-feira, 6 de agosto de 2013

História do Tribal - parte 2

História do Tribal – Parte 2 
Tema: Carolena Nericcio, ATS® e FCBD®

Matéria exclusiva para Revista Shimmie Ampliando Conceitos 
Por Rebeca Piñeiro

Na História do Tribal - Parte 1, falamos sobre Jamila Salimpour e seu grupo Bal Anat, sobre Masha Archer e sua importante influência no estilo. Nossa viagem ao tempo parou citando um nome que é a origem do que conhecemos hoje como Tribal: Carolena Nericcio.

Estudante e amante de moda, Carolena,considerada mãe do estilo Tribal, estudou “Belly Dance” (como era nomeado o estilo na época) com Masha Archer por 7 anos de forma intensa e admirava Masha em  quase todos os sentidos, exceto por sua falta de flexibilidade para novas mudanças. Esse foi um dos motivos pelo qual começou a ministrar aulas em São Francisco em meados dos anos 80 após o término do grupo que integrava liderado por sua mestra Masha, o “San Francisco Classic Dance”. 

Carolena manteve em suas aulas a postura altiva, ideias dos trajes e alguns movimentos como

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Primeira apresentação

Creio que uma das experiências mais marcantes na vida de uma dançarina é seu primeiro solo, e fico muito feliz de poder contar sobre essa experiência aqui no blog. Adoro a sensação de mostrar a minha arte para o público, mas ao mesmo tempo sou extremamente tímida e subir no palco acaba sendo um desafio para mim. Há tempos minha professora de dança do ventre tenta me convencer a participar de festivais, mas foi só após estudar tribal fusion que me senti à vontade para isso e decidi que faria meu primeiro solo no Festival Racks Sharki III, ocorrido em maio desse ano. É difícil descrever o que senti nesse dia

terça-feira, 16 de julho de 2013

Entrevista com Raphael Lopes


Raphael Lopes
São Paulo - Brasil 

Raphael Lopes é professor, palestrante e bailarino de Odissi. Também é Massoterapeuta formado no Senac em 2004.Nascido no dia 23 de agosto, este peculiar virginiano define-se assim em seu perfil de uma rede social:


"...Sou alguém vivendo a vida de forma caoticamente rotineira...
Tenho meus amigos, meus desejos, e minhas excentricidades e elas falam por mim, e me definem melhor do que qualquer racionalização virtual.
Amo arte, danço dança clássica indiana, e sou um leitor inveterado.
Admiro o pensamento elevado, o carater forjado, e a grandeza da alma. Em qualquer credo - máscara, porque posso ver através delas.
Prezo a gentileza, a um bom cerimonialismo mesmo num café da tarde, a frases e argumentos sedutores e bem formulados, e não consigo viver sem uma dose de humor refinado.
Sou simpático e anti-social, preciso do silêncio e do conforto da minha casa.
Ah, dizem que sou bom conselheiro, e sei ouvir atentamente.
Sou alguém apaixonado por tudo aquilo que faço, e aliás, não faço nada que não me apaixone..."




Entrevista feita para o blog Dançarinos de São Vicente.

Dançarinos de SV: Quando surgiu a dança na sua vida, como foi e há quanto tempo faz?
Raphael: Chega a ser clichê mas é impossível não dizer o que todos os dançarinos dizem: a dança surgiu desde sempre em minha vida! Sempre gostei muito de me apresentar nas festas escolares, e desde criança gostava de montar coreografias próprias paras as músicas que ouvia. Quando vim de São Paulo com quinze anos para São Vicente comecei a fazer as oficinas culturais da Prefeitura de SV (em 2000), em partes porque certamente seria um ambiente para fazer amigos já que tinha acabado de chegar de outra cidade, mas principalmente porque ansiava participar de algum grupo em atividade.

Dançarinos de SV: Você conheceu a Dança Clássica Indiana através de quem?
Raphael: Uma amiga minha de Santa Catarina (dançarina de Raks el Shark) havia visto uma performance de Bharata  Natyam (estilo clássico do Sul da Índia) com a famosa esposa do físico indiano Amit Goswami, a psicóloga Uma Krishnamurti. Ela, sempre tão crítica, me descreveu

sexta-feira, 12 de julho de 2013

História do Tribal - parte 1

História do Tribal – Parte 1
Tema: Jamila Salimpour , Bal Anat e Masha Archer

Matéria exclusiva para Revista Shimmie Ampliando Conceitos 
Por Rebeca Piñeiro


Nosso primeiro estudo será sobre Jamila Salimpour e seu grupo Bal Anat, sobre Masha Archer e sua importante influência para o Tribal.

Reconhecida como a bailarina que originou o que hoje conhecemos como Tribal, Jamila Salimpour despertou seu interesse pela dança oriental através de seu pai que em 1910 encontrava-se em uma base militar siciliana e através de sua senhoria egípcia. Começou a dar aulas no inicio anos 50 com muita dificuldade, uma vez que não havia aprendido formalmente as técnicas devido a falta de professores, escolas ou métodos para se basear na época. Foi em 1960 que Jamila pode aperfeiçoar suas técnicas ao se apresentar no “Cabaret Baghdad” na Broadway onde encontrou diferentes dançarinos do oriente médio e pode finalmente catalogar e criar um vocabulário de dança. No mesmo ano muitos dançarinos foram importados do oriente para trabalhar em casas árabes que estavam em alta na época, Jamila então pode assistir shows e aprender ainda mais com nativos do oriente enriquecendo suas aulas e coreografias. Jamila desenvolveu um método de repartição verbal e terminologia para os movimentos que ainda hoje são usados por dançarinos em todo mundo como “Maya” e “Básico Egípicio”.  Em 1968 Jamila precisou

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Tribal ou Dança do Ventre?

Tribal ou Dança do Ventre? 

É muito difícil e muita responsabilidade expressar sua opinião por algo que vc ama muito, principalmente quando envolve a cultura e tradição de um povo tão diferente de nós; e, quando faltam as palavras corretas... Afinal, o que é a dança senão a expressão do corpo quando as palavras já não
conseguem mais explicar o sentimento?
Tenho sorte de estudar em duas escolas especiais que prezam o respeito pela arte, o "ser bailarina", e ensinam a teoria por trás da técnica. Com autorização da Rebeca, cito o nome das escolas onde estudo: Hob Salam Yoga e Danças Orientas e Escola Campo das Tribos.
Eu sou Elis Borges, aluna de Tribal Fusion e ATS® da linda profa Rebeca Piñeiro.

Iniciei meus estudos na dança do ventre já há alguns anos, mas como uma curiosa de primeira mão que sou, não demorou para o Tribal Fusion cruzar o meu caminho. É claro que me apaixonei pelo estilo e características dele no mesmo momento. Foi amor à primeira vista (rs).
Hoje, divido meu coração entre as modalidades que estudo:

Sonia Ochoa no Brasil!

FESTIVAL TRIBAL SKIN COM SONIA OCHOA! 

Dias 09 e 10 de novembro de 2013  o Atelier Tribal Skin trará para o Brasil a maravilhosa Sonia Ochoa, ex integrante BDSS - Belly Dance Super Stars !

IMPERDÍVEL:

- Workshop para apenas 20 estudantes com Sonia Ochoa em São Paulo na Escola Campo das Tribos.
- TribalSkin Show com participação de Sonia Ochoa, Michelli Nahid, Adriana Bele Fusco, Gabriela Miranda, Rebeca Piñeiro, Marcelo Justino, Karina Leiro, Mariana Quadros, Yoli Mendez entre outros conceituados profissionais da Dança do Ventre e Tribal.

-  Aulas Particulares com Sonia Ochoa dois dias após o evento na Escola Campo das Tribos (agende com antecedência!). 

Informações através do e-mail: tribal.skin.atelie@gmail.com


Apoio: Escola Campo das Tribos 



Novas turmas de dança!

Novas turmas! 


OUTUBRO 2013: 





Documentário: Tecidos indianos


Este documentário é muito interessante. Ele nos faz valorizar ainda mais a cultura indiana e suas obras de arte feitas em tecidos.
No Tribal os tecidos indianos são muito utilizados. Vale a pena saber um pouco mais sobre como eles são feitos.

Hidden Treasures of Indian Art - BBC Documentary



Documentário: The Romani Trail


Um documentário super legal sobre Ciganos : The Romani Trail. 
Indicação da nossa aluna de Tribal Fusion e ATS®, Elis Borges. 



sexta-feira, 5 de julho de 2013

O exemplo é a melhor educação!

O exemplo é a melhor educação!
Por Rebeca Piñeiro

Educar é algo muito mágico e ao mesmo tempo complexo. É preciso saber a importância e responsabilidade que temos como professores na vida dos alunos.
Pude perceber com as minhas experiências de vida, que apenas aprendi coisas que foram baseadas em bons exemplos.
Nós, professores de dança, somos responsáveis pela educação artística de nossos alunos.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Kristine Adams no Brasil!

FROM THE BELLY OF A TRAVELER com Kristine Adams



É isso mesmo! A Escola Campo das Tribos trará em agosto/setembro de 2013 a dançarina norte americana Kristine Adams, integrante Fat Chance Belly Dance, grupo de Carolena Nericcio, criadora do estilo ATS® -American Tribal Style®!
Você terá a oportunidade de estudar 12 horas com Kristine Adams e assistir ao Show Noite das Tribos especial ATS®! 
Kristine Adams está viajando pelo mundo para documentar o ATS® em cada país por onde passa e nós faremos parte desse projeto! 
Para saber mais: www.fromthebellyofatraveler.com

PROGRAMAÇÃO:
-> Dia 31/08/2013 das 9hs às 15hs (nível básico/iniciante)
-> Dia 01/09/2013 das 9hs às 15hs (nível intermediário/avançado)
COM CERTIFICADO!
-> Dia 01/09/2013 - Show Noite das Tribos especial ATS®
Ingresso: R$ 25,00 (alunos matriculados nos workshops ganham 1 ingresso)
*Ingressos apenas antecipados. Adquira o seu pelo e-mail: eventos@campodastribos.com.br ou na secretaria da Escola Campo das Tribos de segunda a sexta das 15hs às 20hs e sábado das 10hs às 17hs)

Investimento: 

quarta-feira, 3 de julho de 2013

O que é ATS® e ITS?

O que é ATS® e ITS? 
Por Rebeca Piñeiro
Matéria exclusiva para Revista Shimmie Ampliando Conceitos

Você já deve ter ouvido falar sobre um estilo de Tribal chamado ATS®. Mas, o que é ATS® afinal? A intenção deste artigo é esclarecer um pouco mais sobre o estilo e também a sua principal variação, o ITS (Improvisational Tribal Style).


O estilo American Tribal Style® mais conhecido como ATS® foi desenvolvido por Carolena Nericcio em São Francisco (CA), em meados dos anos 80. É um estilo de improvisação coordenada em grupo, onde a líder utiliza sinais corporais para se comunicar com as outras dançarinas e juntas, improvisam com base em um repertório de passos comum a todas. No ATS® não existe solo, sua principal regra é improvisar em grupo. 
Carolena Nericcio foi aluna por muitos anos de Masha Archer, que por sua vez foi aluna de Jamila Salimpour. Sabe-se hoje, que esse “trio” foi o responsável pelo começo do “movimento Tribal” que atualmente conhecemos. 
O estilo ATS® começou a ser desenvolvido após o término do grupo San Francisco Classic Troupe que Carolena Nericcio integrava dirigido por Masha Archer. Carolena quis dar continuidade a sua dança e passou a ministrar aulas, agregando novos conceitos e movimentos

Respeito às origens


Respeito às origens
Por Rebeca Piñeiro 


Tribal Fusion é uma ramificação do ATS®, isso todos sabemos ou deveríamos. Me pergunto se o estudo do ATS® como base para o Tribal Fusion se torna uma regra ou se isso é origem apenas. Por que para mim, algo que é origem simplesmente É e algo que é regra pode não ser uma origem por que não está necessariamente na "genética". 

O ATS® está em todas as células do Tribal Fusion, logo, não é apenas uma regra. 
Uma regra é algo imposto, uma origem é algo que simplesmente É.
Por exemplo: meu pai é espanhol, nasceu e viveu na Espanha até o fim da adolescência. Eu, sua filha nascida no Brasil, herdei de meu pai sua cultura, sua comida, seu gênio, sua músicas... tudo isso faz parte da minha vida de uma forma muito natural, mas não foi uma regra, algo forçado ou imposto. Simplesmente É por que meu pai, minha base, minha raiz, minha origem É e isso me foi passado naturalmente.
Como e PORQUE negar que meu pai é da Espanha? Como e por que negar minhas origens? Como e porque não me deixar influenciar?

Uma pergunta:
Como e PORQUE negar que o Tribal Fusion é filho do ATS®?

Aula da Zoe Jakes: totalmente ATS® em seu vocabulário. Ela usa T-Step, barrel turn, floreo e um monte de elementos do ATS!
Aula da Lady Fred: totalmente baseada no ATS®!
Aula da Kami Liddle: ATS® em sua base.
Mardi Love: ATS® em sua base.
Estudei com muitas outras dançarinas internacionais, pioneiras no estilo Tribal Fusion e até agora todas usaram o ATS® como base.
APENAS O BRASIL NEGA ISSO!

Entrevista com Carolena Nericcio

Carolena Nericcio

Criadora do estilo ATS® - American Tribal Style e diretora do grupo FCBD® (FatChanceBellyDance)

Entrevistadora: Rebeca Piñeiro 
Tradução : Aline Muhana
Entrevista feita para Revista Shimmie Ampliando Conceitos




1)      RPCarolena, quais foram suas inspirações para estruturar o ATS®?
CN: Eu descreveria da seguinte forma: Quando comecei a dar aulas de dança do ventre  era apenas isso, aulas de dança do ventre. Eu usava o formato que aprendi de minha professora Masha Archer que eu conhecia apenas como dança do ventre. Ela é uma artista muito talentosa  e a forma como ela utilizava o figurino e a estética geral do seu estilo era muito especifica e eu achava que dança do ventre era isso.
Então quando comecei a dar aulas eu não tinha experiência com outros estilos e foi muito natural seguir o formato que ela me ensinou  então quando as pessoas começaram a mencionar outros estilos de dança do ventre eu não sabia do que elas estavam falando e também não me importava muito. Me interessei bastante depois mas não naquele primeiro momento. E eu vivia nessa “bolha” de conhecimento passado por mim por Masha, porque eu achava que  o estilo dela era a coisa mais incrível do mundo  e era assim que eu gostava de ver as coisas. Mas as pessoas continuavam a trazer mais perguntas  à respeito de outros movimentos,  outras culturas de outros países e outras formas de dança e aquilo me forçou a sair daquela “bolha” e conhecer outras coisas. E o que eu comecei a perceber foi que em termos de estrutura, o que nos tentávamos fazer  era um estilo de improvisação coordenada em que duas, três ou quatro dançarinas se apresentavam juntas e o real  propósito disso.

Entrevista com Frèderique - The Lady Fred

 Frèderique - The Lady Fred

Entrevista por Rebeca Piñeiro
Tradução de Gabriela Miranda
Entrevista feita para Revista Shimmie Ampliando Conceitos


Nascida em Beirute (Libano) e residente na Califórnia (EUA), Fréderique (Lady Fred) é uma bailarina internacional de dança do ventre "avant-garde teatral". É artista, performer, instrutora, pioneira e criadora do "Silent Sirens Theatre" e do "Black Heart Ballads".




1.       Como define seu estilo de dança? Fale um pouco sobre ele.
Essa sempre foi uma pergunta difícil de responder... E que eu espero nunca poder realmente definir. Meu estilo de dança é um pouco eclético e é por isso que escolhi "avant-garde ", um termo francês definido como: " Advance Guard "," usado em inglês como um substantivo ou adjetivo para se referir a pessoas ou obras que são experimentais ou inovadoras, particularmente no que diz respeito à arte, cultura e política. 
Isso me deixa com muito espaço para ser criativa. Junto com isso, eu uso o "teatro" na minha descrição de estilo porque é algo que eu descobri na dança em torno de 2005 e vem muito natural para mim. Eu sou uma pessoa muito expressiva e as palavras têm uma limitação para mim que os movimentos não tem.

2.       Conte um pouco sobre sua caminhada na dança, como esta arte começou em sua vida?
Eu tenho sido uma dançarina toda a minha vida, eu digo isso de uma maneira não convencional. Eu passaria horas dançando no meu quarto sozinha quando eu era criança; dança sempre foi uma parte